segunda-feira, 17 de maio de 2010

A perda da personalidade

O centro, o motor do capitalismo é o consumo, sendo que não conseguimos viver sem consumir. Mas há uma grande diferença entre consumir por necessidade e consumismo. Algumas mercadorias são indispensáveis para nossa vida: precisamos comprar comida, roupas, remédios, produtos para higiene, etc. Mas tudo isso tem um limite e quando o ultrapassamos o consumo vira consumismo.
Aí é que está o problema, para o capitalismo não basta que a pessoa consuma moderadamente, é preciso que sejamos todos consumistas, para que dessa forma possamos absorver toda a produção que funciona ininterruptamente. Se não fosse assim para que serviria existir a cada ano uma tendência diferente para roupas de primavera/verão e outono/inverno? É preciso estimular a insatisfação, é preciso que haja sempre a diferença e também é preciso que as pessoas acreditem que, mesmo que cada vez mais estejamos agindo individualmente, precisamos nos adequar a um grupo.
Assim, aquilo que compramos e usamos é um dos modos com que as pessoas nos avaliam e julgam quem somos ou como agimos. Como nós não compramos mais pelos produtos e sim por suas marcas, é muito comum certa marca significar que somos de algum grupo, e também é comum estarmos vestidos de logos e nomes, como diz o texto, que não são os nossos. Dessa forma, viramos vitrines vivas de lojas e modelos espontâneos de várias marcas e estilos que às vezes nem conhecemos direito. Nós perdemos a nossa própria identidade como um ser individual, de personalidade única para às vezes somente estarmos “na moda”.

Um comentário:

  1. Concordo plenamente que "o problema, para o capitalismo é que não basta que a pessoa consuma moderadamente, é preciso que sejamos todos consumistas para que dessa forma possamos absorver toda a produção que funciona ininterruptamente.", pois o consumismo age de forma imperceptível, através da TV, radio, computadores, etc. e somos influenciados a consumir tudo mesmo não precisando.

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